Com frequência constato que a maioria das pessoas supõe e aceita como verdade que um vinho de reserva é sempre bom e mais, uma boa escolha. Nada mais leviano a meu ver uma vez que o nosso julgamento repousa sobre algo que lemos e não sobre o que comprovámos.
Claro que um vinho classificado como reserva nos oferece maiores garantias de qualidade se é isso que procuramos. Devemos, no entanto, questionar-nos sobre se uma vez engarrafados estes vinhos não evoluem e não têm fases menos boas, claro que têm pelo que o rótulo não é tudo.
Paralelamente há vinhos que merecem a designação de reserva mas que por vários motivos o produtor opta por não os submeter à câmara de provadores da sua região, logo não são candidatos a esta designação, pergunto são piores por isso? Claro que não.
Temos então um dilema a resolver sobre que vinhos escolher como bons, e, sinceramente, a única resposta que me serve é os que me sabem extraordinariamente bem, os outros que digam o que entenderem, eu reservo para mim este julgamento quer se tratem de reservas, ou não.