Uma boa pergunta que além de válida é de extraordinária oportunidade, com que vinho devemos acompanhar o borrego da Páscoa.

A preocupação é positiva e vai no sentido certo uma vez que nós , apreciadores, sabemos bem que nem todos os vinhos vão bem com todas as comidas, e sabemos igualmente que uma vez encetado este caminho da preocupação do que beber com quê este é irreversível , e , sendo-o nos leva a descobrir a enorme fonte de prazer que é o culto do refinamento à nossa mesa.

Passando ao tema que aqui nos traz  hoje uma primeira resposta um tanto ou quanto vaga seria , que o acompanhamento  do cordeiro ou do cabrito depende da riqueza da sua confecção. No entanto estamos sempre a considerar duas formas de apresentação.

A primeira , assado no forno recebemos logo indicação de sabores ricos embora delicados pelo que nos inclinemos a prescrever um vinho tinto de alguma idade embora em grande forma, o alentejano Guadelim entra aqui primorosamente uma vez que os sabores da prato se conjugam na perfeição com este vinho. Basicamente a regra para este conselho baseia-se na assunção da delicadeza dos sabores dos pratos de forno conjugados com um vinho “redondo” mas à altura.

Passando à segunda forma de confecção , o ensopado, esta já se pode traduzir num maior atrevimento culinário enriquecendo-o com uma maior prodigalidade de condimentos culminando num final mais possante. Neste caso opte por um vinho mais jovem uma vez que retirará mais prazer da sua harmonização. Sugestões ? Os tintos da casa Ruy, o Arcadela, e ,porque não, o Herdade dos Templários ?

Aqui ficam as sugestões do seu clube para que borrego ou cabrito sejam recordados frequentemente.

Santa Páscoa !