• Vinhos Brancos Evoluídos

    O supra sumo ainda está para vir materializado com os vinhos brancos velhos com que acompanho os belos peixes no forno de confecção rica, os bacalhaus igualmente no forno e que positivamente me deliciam pela dureza da busca – não há assim tantos vinhos que envelheçam tão bem – como pela recompensa do acerto no casamento que uma vez encontrado me leva ao céu…

    Resumindo, os vinhos brancos são parte integrante do meu dia-a-dia durante todo o ano, e dão-me tanto ou maior prazer do que os vinhos tintos, pois os seus equilíbrios maus difíceis e delicados, logo mais recompensadores, e, maus amigos, há por aí brandes vinhos brancos à vossa, nossas, espera.

  • Vinhos Brancos Sérios e Competentes

    Como toda a gente tenho as minhas “pancas” no que a vinhos toca sendo que, para início de conversa, gosto e consumo de todos: brancos, tintos, espumantes, rosés das mais diversas regiões. Há, no entanto, fases em que os gostos parece-me que se mudam, inclinam-se mais para este ou aquele vinho, sendo curioso não tem a ver com nenhum período em especial. Agora, por exemplo, andam a apetecer-me vinhos brancos a acompanhar todas as minhas refeições.

    Fora das “saisons” o vinho branco entra pela sua valia intrínseca e aí o caso muda de figura uma vez que a fasquia sobe, e com ela a exigência. Centro-me, nestes casos, em vinhos brancos mais complexos, se assim se pode dizer, mais encorpados e de fino recorte para comigo se sentarem à mesa.

    O que manda, no entanto, é o prato uma vez que sou um perdido buscador da perfeição à mesa. Assim, pratos como pataniscas de bacalhau, filetes de polvo ou de pescada com arroz de tomate, arroz de tamboril, ou de marisco, cataplana de peixe, e assim por diante, pedem na minha perspectiva um vinho mais encorpado e composto para com eles se casar, e é precisamente aqui que me divirto mais na busca de qual o vinho branco que vou beber com determinado prato e, claro, na sua avaliação no decorrer da refeição.

  • Beber um Vinho Branco

    Quando beber um vinho branco

    Como toda a gente tenho as minhas “pancas” no que a vinhos toca sendo que, para início de conversa, gosto e consumo de todos: brancos, tintos, espumantes, rosés das mais diversas regiões. Há, no entanto, fases em que os gostos parece-me que se mudam, inclinam-se mais para este ou aquele vinho, sendo curioso não tem a ver com nenhum período em especial. Agora, por exemplo, andam a apetecer-me vinhos brancos a acompanhar todas as minhas refeições.

    Vinhos brancos jovens e descomplexados

    O tema do vinho branco é um tema recorrente acreditando muita gente que só se aprecia um vinho branco com peixe, outros só a ele se chegam quando lhes apetece um aperitivo gelado e outros nem dele se aproximam (nem sabem o que perdem…). Pobre coitado do vinho branco enjeitado por uns quantos lugares comuns que os afastam das nossas mesas, dos nossos copos, das nossas vidas.

    Eu, sinceramente, aprecio vinho branco sempre que me apetece e retiro daí um enorme prazer, pois não me assumo como simples bebedor, mas sim como consumidor esclarecido e com algum requinte, dentro do possível. É igualmente com esta perspectiva que abordo os vinhos brancos…

    Confesso, melhor assumo que tal como a maioria das pessoas nos dias quentes de Verão me sabe pela vida apreciar um belo vinho branco a acompanhar um peixe, um marisco ou simplesmente como aperitivo. Fresco, frutado, simples, divertido até, eis o perfil que exijo aos vinhos brancos nessas alturas.

    Vinhos brancos sérios e competentes

    Fora das “saisons” o vinho branco entra pela sua valia intrínseca e aí o caso muda de figura uma vez que a fasquia sobe, e com ela a exigência. Centro-me, nestes casos, em vinhos brancos mais complexos, se assim se pode dizer, mais encorpados e de fino recorte para comigo se sentarem à mesa.

    O que manda, no entanto, é o prato uma vez que sou um perdido buscador da perfeição à mesa. Assim, pratos como pataniscas de bacalhau, filetes de polvo ou de pescada com arroz de tomate, arroz de tamboril, ou de marisco, cataplana de peixe, e assim por diante, pedem na minha perspectiva um vinho mais encorpado e composto para com eles se casar, e é precisamente aqui que me divirto mais na busca de qual o vinho branco que vou beber com determinado prato e, claro, na sua avaliação no decorrer da refeição.

    Vinhos brancos evoluídos

    O supra sumo ainda está para vir materializado com os vinhos brancos velhos com que acompanho os belos peixes no forno de confecção rica, os bacalhaus igualmente no forno e que positivamente me deliciam pela dureza da busca – não há assim tantos vinhos que envelheçam tão bem – como pela recompensa do acerto no casamento que uma vez encontrado me leva ao Céu…

    Resumindo, os vinhos brancos são parte integrante do meu dia-a-dia durante todo o ano, e dão-me tanto ou maior prazer do que os vinhos tintos, pois os seus equilíbrios maus difíceis e delicados, logo mais recompensadores, e, maus amigos, há por aí brandes vinhos brancos à vossa, nossas, espera.

  • O Prazer do Vinho

    Uma vez servido dediquemo-nos ao prazer das apresentações, primeiro ao olho mirando-lhe a cor, caçando as nuances, descobrindo matizes. Passemos ao nariz, primeiro com o vinho em repouso e depois de o agitar, em ambas as situações deixemo-lo falar connosco através dos seus aromas, primeiros estes, logo aqueles e no final os outros. Só então o devemos apresentar ao palato e, ao fazê-lo, devemos confirmar na boca tudo o que sentimos nos outros sentidos, a fruta, a complexidade estando atentos à sua evolução na boca, pois um bom vinho deve impressionar toda a cavidade bocal.

    Daqui em diante resta desejar-lhe que seja o vinho correcto para a ementa que seleccionou e que saiba pela vida.

    Bom proveito.

  • O Vinho para ser servido

    Com os vinhos à temperatura desejada – talvez um pouco mais baixa – é chegado o momento da sua abertura. Primeira operação, cortar a cápsula de forma cuidada e homogénea. Completada esta, passemos à seguinte a retirada da rolha, rodando a garrafa com cuidado especialmente nos vinhos mais importantes uma vez que podem ter pé, e não é aconselhável que se turve o vinho. Retirada a rolha deve observar-se a mesma de forma a aferir que não houve fugas podendo aproximando-a do nariz ver o que o mesmo nos diz quanto ao vinho em apreço.

    Completada esta operação deve nos vinhos tintos colocar-se uma argola apara-pingos por forma a que após serviço não se manche a toalha. Antes do serviço deve cheirar-se o copo para garantir que o mesmo não tem qualquer odor (por exemplo a armário) que possa contaminar o vinho. Confirmada a boa forma do recetáculo vamos verter o vinho deforma cuidada de maneira a que o mesmo deslize pelas paredes do copo e não que nelas bata de forma violenta.

  • A Arte de Degustar Um Vinho, de Forma Correcta

    O vinho para ser servido

    Um vinho para ser apreciado, degustado se preferir, deve cumprir alguns requisitos mínimos que muitos, por os fazerem mecanicamente, já nem dão por ela. Outros haverá que gostariam de ter esta informação pelo que parece um bom princípio de conversa.

    Os vinhos brancos são menos exigentes do que os vinhos tintos no que a mesuras concerne, não deve, no entanto, esquecer-se deles na porta do frigorífico à espera de um dia os ir buscar…. Sim, se pensa ir beber vinho branco amanhã, coloque-o hoje no frigorífico e quando precisar dele estará à temperatura desejada.  

    Uma nota adicional, um conselho se preferir, comece sempre por apreciar os vinhos brancos a uma temperatura uma mais baixa do que a indicada isto pelo motivo simples que, uma vez no copo, a temperatura sobe rapidamente e pode perder algum do percurso do vinho. A garrafa já aberta deve repousar num frapé para o vinho se manter à temperatura desejada.

    Os vinhos tintos, menos dados a frescuras, devem, no entanto, ter percurso semelhante. Traga-os da cave na véspera e ajeite-os num sítio fresco para que a sua temperatura se ajuste ao desejado. Nos vinhos tintos jovens pode esquecer-se deles algum tempo no frigorífico – aí uma hora no máximo – para os refrescar, já os vinhos mais encorpados e dignos, esses, não aconselham tal prática, pois não são adeptos de mudanças de temperatura bruscas…

    A abertura

    Com os vinhos à temperatura desejada – talvez um pouco mais baixa – é chegado o momento da sua abertura.

    Primeira operação, cortar a cápsula de forma cuidada e homogénea. Completada esta, passemos à seguinte a retirada da rolha, rodando a garrafa com cuidado especialmente nos vinhos mais importantes uma vez que podem ter pé, e não é aconselhável que se turve o vinho.

    Retirada a rolha deve observar-se a mesma de forma a aferir que não houve fugas podendo aproximando-a do nariz ver o que o mesmo nos diz quanto ao vinho em apreço. Completada esta operação deve nos vinhos tintos colocar-se uma argola apara-pingos por forma a que após serviço não se manche a toalha.

    Antes do serviço deve cheirar-se o copo para garantir que o mesmo não tem qualquer odor (por exemplo a armário) que possa contaminar o vinho. Confirmada a boa forma do receptáculo vamos verter o vinho de forma cuidada de maneira a que o mesmo deslize pelas paredes do copo e não que nelas bata de forma violenta.

    Uma vez servido dediquemo-nos ao prazer das apresentações, primeiro ao olho mirando-lhe a cor, caçando as nuances, descobrindo matizes. Passemos ao nariz, primeiro com o vinho em repouso e depois de o agitar, em ambas as situações deixemo-lo falar connosco através dos seus aromas, primeiros estes, logo aqueles e no final os outros.

    Só então o devemos apresentar ao palato e, ao fazê-lo, devemos confirmar na boca tudo o que sentimos nos outros sentidos, a fruta, a complexidade estando atentos à sua evolução na boca, pois um bom vinho deve impressionar toda a cavidade bocal.

    Daqui em diante resta desejar-lhe que seja o vinho correcto para a ementa que seleccionou e que saiba pela vida. Bom proveito.

  • Vinhos de Reserva

    Com frequência constato que a maioria das pessoas supõe e aceita como verdade que um vinho de reserva é sempre bom e mais, uma boa escolha. Nada mais leviano a meu ver uma vez que o nosso julgamento repousa sobre algo que lemos e não sobre o que comprovámos.

    Claro que um vinho classificado como reserva nos oferece maiores garantias de qualidade se é isso que procuramos. Devemos, no entanto, questionar-nos sobre se uma vez engarrafados estes vinhos não evoluem e não têm fases menos boas, claro que têm pelo que o rótulo não é tudo.

    Paralelamente há vinhos que merecem a designação de reserva mas que por vários motivos o produtor opta por não os submeter à câmara de provadores da sua região, logo não são candidatos a esta designação, pergunto são piores por isso? Claro que não.

    Temos então um dilema a resolver sobre que vinhos escolher como bons, e, sinceramente, a única resposta que me serve é os que me sabem extraordinariamente bem, os outros que digam o que entenderem, eu reservo para mim este julgamento quer se tratem de reservas, ou não.

  • Bons Vinhos

    O que é um bom vinho? Esta é a pergunta que nos dilacera e, pela qual, bem que pagávamos 1.000.000 de dólares… no entanto, é uma pergunta descuidada e incauta pois de tão genérica a sua resposta só pode ter a mesma característica, o que, como se sabe, não costuma levar a lado nenhum.

    Quase uma pergunta existencial. Todas as perguntas devem ter uma resposta – salvaguardo aqui as de curiosidade – vamos elaborar um pouco sobre esta questão sobre o que é um bom vinho.

    Pessoalmente um bom vinho é o que me sabe bem, um vinho excepcional é o que me sabe sempre pela vida. Embora simples há aspectos a ter em conta, deve ser um vinho bem feito uma vez que nem me passa pela cabeça gostar de um vinho com defeito, ou sem atributos de maior. Uma boa parte da resposta passa, no entanto, pelo acompanhamento do vinho: na verdade o casamento do vinho com a gastronomia é o verdadeiro segredo, e o verdadeiro fazedor de prazeres…

    Assim,para mim, o bom vinho é aquele em que acerto no casamento entre o dito e o que é servido na refeição, acrescento ser este o grande e apaixonante desafio que enfrentamos sempre que nos perguntamos qual o vinho que vou escolher?

  • Nota Final

    A nossa cave não é uma prisão, é sim um espaço de prazer e fruição, pelo que mais do que ter devemos usá-la com frequência rodando os vinhos que temos em acervo e garantindo a sua renovação.

    A cereja em cima do bolo será podermos ter um armário frigorífico para conservar os nossos melhores vinhos em condições perfeitas, e claro termos vinhos brancos sempre a boa temperatura bem à mão de semear.

    Convencido? Comece a sua cave e boa sorte, lembre-se que o caminho faz-se caminhando.

  • Moscatéis, Espumantes, Madeira e Aguardentes

    Nesta “caldeirada” temos os vinhos que a menos nos dedicamos, o que é uma pena. Na verdade, não há um único motivo para não servirmos espumantes em nossas casas pelo que nos devemos abastecer junto da Bairrada e uma ou outra origem que nos ofereça segurança.

    No que toca aos moscatéis, madeiras e aguardentes, uma presença simbólica serve perfeitamente, nem que seja para nos forçarmos a de vez em quando irmos em sua demanda, e quem sabe com a boa surpresa reforcemos a sua presença na nossa cave e à nossa mesa.