Vindimar é festejar a vida e começa muito antes do acto de colher as uvas, sim há que limpar as adegas, rever maquinaria, desinfectar as cubas. Assegurar gente convocando os habituais e tentando suprir alguma falha deste ou daquele elemento que este ano por algum motivo não pode vir.

Cuida-se igualmente da maquinaria que não pode nem deve falhar, das caixas de plástico para transportar as uvas das cestas que distribuídas a cada vindimador para que as encha, as tesouras. Cuida-se do rancho com que se matará a fome a cada um dos que, este ano, vierem para a vindima.

Na vinha o dono, o feitor e o adegueiro, vão controlando a maturação das uvas deitando-se a adivinhar quais as que primeiro devem ser colhidas e mais ou menos qual a quantidade de vinho que darão para na adega tudo bater certinho.

Acordam a olhar para o céu não vá o tempo pregar partidas chuva ou demasiado calor são inimigos, ladrões, que entram pela porta das traseiras para roubar o que a mãe natureza criou. Cuidam da vinha como se de um exército se tratasse passando amiúde revista às suas tropas.